Diferenças entre edições de "Problemática do Conhecimento Histórico"

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(Os historiadores, o passado e a atualidade)
 
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Rui Pinto, 1300634;
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Considero a afirmação de Pierre Vilar como um requisito necessário à interpretação do mundo. Ler um jornal é um acto banal, comum, quase instantâneo. No dia seguinte outro jornal haverá, outros factos surgirão.
 
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Os leitores, mesmos os mais repentistas, devem ter espírito crítico sobre os factos narrados, devem assumir o espírito do historiador: serem capazes de analisar, debater, relacionar, ponderar, interpretar, provocar o debate.
Para dar sentido à afirmação de Pierre Vilar, será necessário conjugar alguns fatores necessários para encontrar o sentido da mesma. Será, pois, o facto de a história “ensinar-nos”, visto que ao queremos interpretar, ou mostrarmos interesse por uma matéria que a simples curiosidade ou estudo mais elaborado nos direciona, ao fazê-lo, contamos com a História, que  é apaixonante e fascinante nesse sentido.  
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Não devem os leitores considerar as notícias e os factos descritos num jornal, como verdades absolutas só porque estão escritos no jornal.
Logo depois e intrinsecamente relacionado está, provavelmente uma das tarefas mais difíceis de apreender para o ser humano, é o facto de saber ler. O Historiador é por natureza um amante da leitura. Ler está no seu ADN. Ler está na base de qualquer pesquisa, investigação, estudo ou, claro está, na simples leitura de um jornal. A notícia é história, a sua divulgação e sua procura fazem do historiador uma pessoa em pleno e constante aperfeiçoamento, tal deverá ser a linha a seguir. Ao mesmo tempo que a análise crítica vai sendo montada à medida que a notícia é transferida pela leitura e dissecada pelo leitor, estamos a impulsionar e a cultivar o interesse pelos factos ocorridos, logo, a fazer história, na vertente que queiramos seguir ou estudar.
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O leitor historiador terá, ou é esperável que tenha, um distanciamento crítico ao que lhe é apresentado nos jornais de modo a perceber o mundo em que vive.
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Neste sentido, os jornais são fonte essencial para análise, ponderação e reflexão de um leitor criterioso - permitem interpretar o mundo.

Edição atual desde as 11h10min de 22 de outubro de 2024

Considero a afirmação de Pierre Vilar como um requisito necessário à interpretação do mundo. Ler um jornal é um acto banal, comum, quase instantâneo. No dia seguinte outro jornal haverá, outros factos surgirão. Os leitores, mesmos os mais repentistas, devem ter espírito crítico sobre os factos narrados, devem assumir o espírito do historiador: serem capazes de analisar, debater, relacionar, ponderar, interpretar, provocar o debate. Não devem os leitores considerar as notícias e os factos descritos num jornal, como verdades absolutas só porque estão escritos no jornal. O leitor historiador terá, ou é esperável que tenha, um distanciamento crítico ao que lhe é apresentado nos jornais de modo a perceber o mundo em que vive. Neste sentido, os jornais são fonte essencial para análise, ponderação e reflexão de um leitor criterioso - permitem interpretar o mundo.